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Dani Ferreira
Publicar um livro, além de ser uma satisfação pessoal gigantesca é também um diferencial profissional. Principalmente se o interesse do autor é aprimorar seu currículo e perfil acadêmico. Por outro lado, nem todos sabem como publicar um livro. A maioria das pessoas desconhece as etapas da produção editorial, bem como o fato de que qualquer pessoa pode publicar seus escritos.
É isso mesmo. Não há mistérios na publicação de livros. É claro que há sim um trabalho minucioso e diversas etapas envolvidas, mas qualquer um que deseje investir em sua carreira como autor pode publicar suas obras. Então, talvez você esteja se perguntando: qual o papel de uma editora na publicação de um livro? Como publicar um livro sem burocracias? Ou até mesmo, quanto custa publicar um livro? Entenda isso e mais detalhes neste artigo!
Em suma, o papel de uma editora é fornecer todos os serviços editoriais que envolvem a produção editorial de um livro. Seja este em um produto final físico ou digital. Deste modo, o papel das editoras é gerenciar todo o processo de edição de um livro. Posteriormente, pode ser responsável também pelo lançamento da obra no mercado.
Além desses serviços, cabe à editora analisar as necessidades de cada obra de forma individual e única. Afinal, cada livro tem suas particularidades e exige um trabalho específico. Logo, outros serviços podem ser adicionados ao projeto de produção editorial, como por exemplo, ilustrações.
Portanto, uma editora é definida como uma prestadora de serviços de edição de materiais gráficos como livros, revistas, jornais, etc. Ademais, cabe à figura do editor elaborar todo o planejamento estratégico do livro, desde sua produção à publicação, distribuição e venda. Assim, a editora assume também uma função estratégica, comercial e corporativa em relação à obra. Algo que o autor por si só muitas vezes não consegue fazer.
Então eu posso ser publicado por qualquer editora quando eu desejar? Não, não é assim que funciona. Vamos lá… As editoras são empresas que editam livros. Porém, cada uma delas têm suas linhas editoriais e critérios de avaliação para aceitar editar uma obra.
Deste modo, como você pode ter percebido, nem todo autor estreante consegue ser publicado de primeira por uma grande editora. Isso se deve à alta quantidade de originais enviados para submissão de análise das mesmas, bem como os diferentes interesses do mercado editorial.
Isso significa apenas que nem toda obra tem apelo comercial no Brasil. O consumo de literatura no País é bem diferente de países da Europa e também dos EUA. Aqui, o gênero literário que mais se vende é o de ficção (21%). De acordo com uma pesquisa da Folha, um dos segmentos que é mais vendido no Brasil é o infanto-juvenil, que fica atrás apenas da literatura estrangeira.
Deste modo, livros de não-ficção e fora do contexto infanto-juvenil têm pouco espaço de venda no mercado nacional. Assim, se não há probabilidade de vendas, o custo-benefício da edição da obra tende a ser inferior. Logo, em termos de negócio, essas obras poderiam representar prejuízo para as grandes editoras. Então, a maioria delas acaba optando por não publicar obras sem esse apelo comercial. Perceba que não é uma questão pessoal, mas de sobrevivência dentro do mercado.
Se você é um escritor de não-ficção ou outros gêneros com pouco apelo comercial no País, talvez esteja se perguntando como publicar um livro se a maioria das editoras provavelmente não investirá nele devido a esse cenário do mercado editorial brasileiro anteriormente explicado.
Acredite em mim: há esperança. A resposta é voltar à definição de uma editora: uma prestadora de serviços de edição de livros e outros projetos gráficos. Ou seja, o que você de fato precisa fazer para publicar seu livro é:
As tecnologias desburocratizaram a publicação de livros. Primeiramente, por meio das plataformas digitais, como da Amazon e da Saraiva. Em seguida, com a evolução das tecnologias de impressão. Atualmente, o autor pode contar com sistemas de POD (Print On Demand), em português: impressão sob demanda.
Assim, pela impressão sob demanda é possível vender primeiro e imprimir depois. Logo, não há estoque e o investimento inicial de impressão é zero. Mais fácil impossível! Quanto ao e-book, as principais plataformas permitem a venda dos livros digitais gratuitamente, sendo automaticamente debitado na comissão por venda. Assim, o autor novamente só paga quando vende.
Desta forma, cresceu-se o número de obras enquadradas no que se chama de autopublicação. Isto é, quando o próprio autor investe na publicação de sua obra. Afinal, a tecnologia reduziu os custos. Por outro lado, o surgimento de editoras independentes favoreceu o fornecimento de serviços editoriais.
Com o crescimento da autopublicação, aumentou-se a demanda por serviços editoriais. Neste sentido, surgiram as editoras independentes. Resumidamente, entende-se por uma editora independente uma prestadora de serviços editoriais com capital e interesses independentes do mercado editorial.
Logo, as editoras independentes atuam de forma autônoma, editando livros pouco comercializados no País, como por exemplo, a categoria de contos e livros artesanais. Por quê? Por que livros são livros e há público para todos eles! Mesmo que seja um nicho muito específico ou um núcleo muito pequeno de leitores, determinados tipos de obras têm seus leitores, mesmo fora do censo comum. E cada vez mais profissionais do livro estão se atentando para isso e, assim, iniciado sua própria editora independente.
De fato, a despeito do avanço das tecnologias, as quais reduziram custos e otimizaram o operacional da produção editorial, todo livro pode ser publicado. Basta, acima de tudo, motivação. Além disso, um ou mais prestadores de serviços adequados para a sua obra.
Esta é uma temática ampla e que pode ser segmentada em vários outros artigos. É, pois, o que pretendo fazer dentro do espaço deste blog. Meu objetivo é elucidar novos autores e ajudá-los no desenvolvimento de seus projetos literários.
Afinal, grandes sucessos estão fora do censo comum. Você, como escritor, deve ser o primeiro a não apenas acreditar nisso, mas também entender o panorama mercadológico que proporciona essa realidade. Assim, espero que este artigo tenha ajudado nesse sentido. Este é meu desejo, como escritora e editora independente. Até a próxima!
Crédito da imagem: Design feito por Vecteezy
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Feito com por Dani Ferreira